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Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

O Ibovespa (IBOV) teve um sextou animado e fechou o pregão de ontem em alta de 0,31%, aos 146.172 pontos. O principal índice da B3 chegou a ir além durante a sessão e encostou nos 147 mil pontos novamente, patamar que já havia alcançado no final de setembro.

A bolsa brasileira foi impulsionada por dados de inflação locais e dos Estados Unidos. Por lá, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de setembro ampliou as expectativas de um novo corte nos juros norte-americano pelo Federal Reserve (Fed). Isso porque o indicador subiu 0,3% no mês, elevando a taxa de inflação anual para 3%, de acordo com o Bureau of Labor Statistics.

Já no Brasil, o IPCA-15 ampliou a festa e chamou o Ibovespa para dançar: a prévia da inflação ficou em 0,18%, a mais branda para outubro desde 2022, quando subiu 0,16%. Já os preços dos alimentos caíram pelo quinto mês consecutivo.

Com a ajuda dos dados de inflação, o Ibovespa encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93% nos últimos cinco pregões. Já o dólar à vista (USBRL) terminou a R$ 5,3926 e teve recuo de 0,24% ante o real na semana.

Vale lembrar que os últimos dias também contaram com o avanço da temporada de balanços do terceiro trimestre e com o aumento das expectativas sobre negociações entre os presidentes Donald Trump e Lula sobre o tarifaço imposto aos produtos brasileiros.

No exterior, os investidores também seguiram acompanhando o shutdown do governo dos Estados Unidos, que se tornou a segunda maior paralisação da máquina pública norte-americana na história do país.

Quem brilhou no Ibovespa

Entre as ações que registraram ganhos na semana, foram os papéis da Vamos (VAMO3) que ocuparam os holofotes. A empresa liderou as altas da semana, com valorização de 13,22% nos últimos cinco pregões.

O bom desempenho de VAMOS3 veio na esteira da divulgação da prévia operacional do 3º trimestre de 2025, que mostrou receita líquida de R$ 1,5 bilhão, alta de 25,2% em relação ao mesmo período de 2024. A receita da indústria também cresceu 19,1%, somando R$ 99,5 milhões.

Mas não foi só a Vamos que brilhou. A Braskem (BRKM5) teve a segunda maior valorização, com ganhos de 12,94% na semana, impulsionada por resultados sólidos da Randoncorp e da Frasle Mobility, que registraram crescimento de 12,6% e 46,9% na receita, respectivamente.

Rumores sobre a venda da fatia da Novonor, com proposta de Nelson Tanure aprovada pelo Cade em setembro, também mantiveram o papel em destaque. 

Em seguida, a Azzas (AZZA3) ficou em terceiro lugar, com alta acumulada de 12,93%. As ações foram impulsionadas por projetos de geração e distribuição de energia, incluindo iniciativas em fontes renováveis. O forte volume de negociações reforçou o interesse dos investidores.

Apesar do bom desempenho, o Citi revisou suas projeções de lucro antes de impostos (EBT) para 2025, 2026 e 2027, reduzindo as estimativas em 20%, 15% e 10%, respectivamente, devido à expectativa de menor desempenho nos segmentos de Calçados e Acessórios e na Hering/Democratic Apparel. A instituição projeta menor alavancagem operacional e redução das margens Ebitda nos próximos anos.

Confira as maiores altas do Ibovespa entre 20 e 24 de outubro:

NOMECÓDIGOVARIAÇÃO SEMANAL
VamosVAMO313,22%
BraskemBRKM512,94%
Azzas 2154AZZA312,93%
CognaCOGN310,83%
YduqsYDUQ310,69%
MRVMRVE310,39%
HyperaHYPE37,89%
DirecionalDIRR37,88%
CVCCVCB37,19%
EmbraerEMBR37,16%

A ponta negativa do índice

Já entre as empresas lanterninhas do Ibovespa na semana, a Fleury (FLRY3) foi destaque. A empresa liderou as quedas com um recuo acumulado de 7,25%, em meio às incertezas sobre as negociações com a Rede D’Or.

A companhia confirmou negociações com o grupo de hospitais, mas, no dia seguinte, a Rede D’Or negou as informações e disse que as conversas iniciais com a rede de laboratórios foram “infrutíferas”, não resultando em qualquer evolução relevante sobre termos, preço, condições ou outros aspectos de uma eventual transação entre as companhias.

Após a sinalização do grupo, o JP Morgan cortou a recomendação para as ações do Fleury (FLRY3) de overweight (equivalente à compra) para underweight (equivalente à venda).

Em seguida, a Brava Energia (BRAV3) registrou a segunda maior queda, com uma desvalorização acumulada de 4,99%, após anunciar mudanças na estrutura organizacional e no alto escalão.

A reestruturação inclui a consolidação da diretoria financeira e a saída dos executivos Rodrigo Pizarro e Pedro Medeiros. O CEO Décio Oddone assumirá interinamente as funções financeiras.

Já o terceiro pior desempenho foi das ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que caíram 4,32% após o pedido de renúncia do CEO Marcelo Pimentel. Rafael Russowsky assumiu interinamente o cargo, acumulando as funções de finanças e relações com investidores.

Confira as maiores quedas do Ibovespa entre 20 e 24 de outubro:

NOMECÓDIGOVARIAÇÃO SEMANAL
FleuryFLRY3-7,25%
Brava EnergiaBRAV3-4,99%
GPAPCAR3-4,32%
MBRFMBRF3-4,08%
São MartinhoSMTO3-3,88%
Magazine LuizaMGLU3-3,81%
AssaíASAI3-2,26%
AmbevABEV3-2,10%
EngieEGIE3-1,97%
Banco do BrasilBBAS3-1,82%

*Com informações da Agência TradeMap e MoneyTimes.

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Francisco Gomes

Blog sobre finanças pessoais, investimentos, renda extra, ações, Tesouro Direto e FIIs. Escritor e investidor com foco em expansão internacional

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