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Vale (VALE3) negocia a compra da Bamin com investidor japonês, diz jornal

O CFO da Vale (VALE3), Marcelo Bacci, disse há dois dias que qualquer decisão relacionado à Bamin (Bahia Mineração) estaria relacionada a uma forma econômica de desenvolver o projeto, que tem desafios logísticos consideráveis. Neste domingo (3), a mineradora pode ter encontrado o que buscava. 

Segundo a coluna de Lauro Jardim, no O Globo, um investidor japonês teria se interessado em uma parceria com a Vale e com a Cedro para comprar a Bamin. Uma reunião entre as três partes deve ocorrer em breve, ainda de acordo com o jornal.

Há mais de um ano, a ala baiana do governo Lula, da qual faz parte Rui Costa e Jaques Wagner, além do ministro Alexandre Silveira pressionam de todas as formas a Vale para entrar no negócio. 

Para isso, no entanto, a mineradora precisaria de investimentos bilionários, estimados em US$ 5,5 bilhões. O balanço da Vale do segundo trimestre foi divulgado na semana passada e você pode conferir aqui a saúde financeira da mineradora.

A pressão política está ligada ao fato de que cabe ao governo federal dar autorização à Vale para a exploração de novas minas, sobretudo em Carajás.    

  • O complexo da Bamin inclui ferrovia, porto e mina e pertence ao grupo Eurasian Resources, que não tem mais capital para continuar o desenvolvimento do projeto.

Vale e a compra da Bamin  

Na teleconferência realizada na quinta-feira (21), Bacci reiterou que a Vale segue analisando a aquisição da Bamin ao afirmar que a mineradora está sempre atenta a oportunidades envolvendo depósitos relevantes de minério de ferro no Brasil. 

O executivo, no entanto, reconheceu os desafios ligados ao negócio. “Existe um grande desafio logístico no projeto da Bamin, que é a construção de uma infraestrutura importante”, disse Bacci na ocasião. 

Ele afirmou ainda que a quantidade de minério de ferro disponível na região não é o suficiente para bancar a infraestrutura necessária para viabilizar a operação. 

“Neste momento não dá para dizer se é possível ou não seguir com o projeto”, disse Bacci. 

Consórcio segue de pé

No início de junho, o Pipeline noticiou que o consórcio que une a Vale, a Cedro e o BNDES havia voltado a dar ritmo às conversas ligadas à Bamin.

Na ocasião ficou definido que os sócios só avançariam na operação da mina e da ferrovia se houvesse um dono para o porto. 

As companhias, segundo o Pipeline, estavam mantendo conversas com grupos árabes e chineses, acenando com o chamariz de um contrato de take or pay.

  • O take or pay (leve ou pague, em português) é um tipo de contrato no qual o comprador se compromete a comprar uma quantidade mínima de um produto ou serviço, ou, na falta disso, paga pela quantidade mesmo que não a utilize.

A Brazil Iron, que também tem interesse na operação , chegou a fazer uma oferta mas não avançou em exclusividade, ainda de acordo com o Pipeline na época. 

*Com informações do Broadcast e do Pipeline

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Francisco Gomes

Blog sobre finanças pessoais, investimentos, renda extra, ações, Tesouro Direto e FIIs. Escritor e investidor com foco em expansão internacional

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