Donald Trump é realmente imprevisível. Em uma mudança de tom, o presidente norte-americano afastou a possibilidade de demissão do chefe do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e ainda normalizou a obra bilionária na sede do banco central norte-americano.
“Os custos saíram do controle, e isso acontece em obras”, disse Trump logo depois de uma visita à sede do Fed acompanhado de Powell.
A declaração marca uma reviravolta — ainda que momentânea — na relação do republicano com a autoridade monetária.
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Há meses, o presidente norte-americano vem pressionando pelo corte de juros, atualmente na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, e fontes chegaram a indicar que Trump teria preparado até mesmo o rascunho da carta de demissão de Powell.
Trump vai ou não vai demitir Powell?
Quem responde essa pergunta é o próprio presidente norte-americano. Segundo ele, “não há pressão alguma para Powell renunciar”.
Ele ainda disse acreditar que o chefe do BC dos EUA “fará a coisa certa, talvez um pouco ‘atrasado demais'” — repetindo o apelido criado por ele para se referir a Powell.
Vale lembrar que, por “coisa certa”, Trump se refere ao corte de juros.
O mandato de Powell termina em maio de 2026 e o presidente norte-americano voltou a dizer que tem “uma, duas ou talvez três pessoas” em mente para substituí-lo após esse período.
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A polêmica reforma do Fed
A reforma da sede do Fed vem gerando polêmica desde que Powell participou dos depoimentos de meio de ano no Congresso norte-americano.
Na ocasião, o presidente do banco central foi questionado pelos legisladores sobre o custo da obra: US$ 2,5 bilhões — e da troca de itens considerados luxuosos no prédio, como colmeias italianas.
Desde então, Powell tem sido criticado por membros do alto escalão do governo de Trump, com alguns acusando-o de mentir sob juramento, o que forçou o chefe do BC a publicar uma carta explicando os custos da obra.
Nesta quinta-feira (24), após a visita ao local, Trump foi questionado se o aumento nos custos das reformas justificaria a remoção de Powell cargo.
“Não quero colocar isso nessa categoria. Os custos saíram do controle, e isso acontece.”
Segundo ele, demitir o presidente do Fed “seria um movimento muito grande e não acho que seja necessário”.
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