As chances de o Brasil conseguir um acordo comercial com os EUA parece cada dia mais distantes. Primeiro foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que sinalizou que, embora o governo não vá sair da mesa de negociações, a entrada em vigor da taxa de 50% deve ser considerada. Agora foi a vez do presidente norte-americano, Donald Trump, mandar um novo recado.
O republicano afirmou nesta quarta-feira (23) que “alguns países com quem não estamos nos dando bem pagarão tarifa de 50%”.
A declaração é uma citação indireta ao Brasil, o único país que recebeu a taxação de 50% até o momento.
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Trump ainda afastou a possibilidade de negociar com todos os países que são alvo dos EUA — 25 países receberam tarifas que podem entrar em vigor no dia 1 de agosto, incluindo o Brasil.
O presidente norte-americano alegou que não pode negociar as taxas com todo mundo porque “são muitos países”. Ele já havia indicado que enviaria cartas com tarifas de 15% a 20% para países menores “em breve”.
As condições de Trump para reduzir as tarifas
Enquanto o Brasil busca um acordo com os EUA e os governadores já traçam planos para lidar com taxas de 50%, Trump disse que sempre cede pontos tarifários nas negociações — mas há uma condição para isso: conseguir que grandes países abram seus mercados para os produtos norte-americanos.
O republicano reforçou a mensagem de que só reduzirá as tarifas “se um país concordar em abrir seu mercado”. Caso contrário, os EUA devem anunciar “tarifas muito maiores”.
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Em série de publicações na Truth Social, Trump ainda afirmou que esse é um dos “grandes poderes das tarifas”.
“Sem elas, seria impossível fazer os países abrirem seus mercados! Sempre tarifas zero para os EUA!”, escreveu.
As declarações foram feitas após um novo acordo comercial fechado com o Japão. Sobre isso, Trump pontuou que o país está, “pela primeira vez na história, abrindo seu mercado para os EUA — inclusive para carros, SUVs, caminhões e tudo mais, até mesmo para produtos agrícolas e arroz, que sempre foram um grande não”.
Segundo Trump, o Japão ainda concordou em comprar bilhões de dólares em equipamentos militares e outros produtos e em investir US$ 550 bilhões nos EUA.
Ele ainda citou a abertura de mercado da Indonésia aos EUA. Na terça-feira (22), o presidente norte-americano também anunciou um acordo com as Filipinas. Confira aqui os detalhes dos acordos dos EUA com a Indonésia e as Filipinas.
Segundo o Financial Times de hoje (23), um entendimento com a União Europeia (UE) está bem próximo de ser alcançado.
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