Os azeites brasileiros voltaram para os holofotes nesta segunda-feira (20) — e não pelos motivos mais saborosos. Isso porque a lista de produtos banidos das prateleiras dos supermercados ganhou um novo nome: o azeite Ouro Negro.
A decisão, publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU), proíbe a fabricação, venda, distribuição, importação, divulgação e consumo de todos os lotes da marca.
O motivo? “Origem desconhecida” e irregularidades no rótulo, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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Segundo a Anvisa, a medida é resultado de uma ação fiscal iniciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em outubro do ano passado. Na ocasião, o produto foi desclassificado após denúncias.
Outro ponto que sustenta a decisão da agência está na embalagem do azeite. No rótulo, o produto informava ser importado pela Intralogística Distribuidora Concept Ltda. — empresa com CNPJ suspenso pela Receita Federal.
Essa combinação foi suficiente para que o azeite Ouro Negro se tornasse o mais recente integrante da lista de produtos que o governo considera impróprios para consumo.
Além do azeite Ouro Negro
A proibição do azeite Ouro Negro está longe de ser isolado. De acordo com o G1, mais de 70 proibições envolvendo lotes e marcas de azeite foram registradas desde o início de 2024.
O UOL afirma que boa parte dos produtos barrados tinha composição adulterada — com a mistura de outros óleos na composição — ou apresentava origem duvidosa.
Atualmente, a Anvisa e o Mapa mantêm uma lista com mais de 20 marcas impedidas de circular no país. Entre elas, estão nomes como Los Nobles, Vale dos Vinhedos, Campo Ourique, Grego Santorini.
Confira aqui a lista completa de produtos irregulares:
- Los Nobles;
- Vale dos Vinhedos;
- Campo Ourique;
- Serrano;
- Malaga;
- Grego Santorini;
- La Ventosa;
- Almazara;
- Escarpas das Oliveiras;
- Alonso;
- Quintas D’Oliveira;
- Cordilheira, extra virgem 0,5% de acidez;
- Serrano, extra Virgem 0,5 de acidez;
- Terrasa;
- Villas Boas;
- San Martin;
- Miroliva;
- Belo Porto;
- Villas Portugal;
- Casa do Azeite;
- Castelo de Viana;
- Vale do Madero;
- Vincenzo;
- Alentejano;
- Quinta da Beira; e
- Valle Viejo.
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Não é só o azeite que foi barrado
Outro produto também entrou recentemente na mira da Anvisa: 13 lotes do Sal do Himalaia Moído (500g), da marca Kinino.
Desta vez, no entanto, a irregularidade não partiu de uma denúncia externa. A própria fabricante comunicou à agência problemas no teor de iodo, abaixo do exigido pela legislação.
Os lotes afetados — identificados como MAR 257 1 a MAR 257 13, com validade até março de 2027 — foram suspensos e devem ser recolhidos do mercado.
Confira os lotes suspensos:
- MAR 257 1
- MAR 257 2
- MAR 257 3
- MAR 257 4
- MAR 257 5
- MAR 257 6
- MAR 257 7
- MAR 257 8
- MAR 257 9
- MAR 257 10
- MAR 257 11
- MAR 257 12
- MAR 257 13
Como checar se o produto é seguro?
Com tantos casos recentes de falsificação, a Anvisa reforça que os consumidores têm à disposição uma ferramenta gratuita de consulta, que permite verificar se um produto está irregular, falsificado ou interditado.
O serviço pode ser acessado no site da agência, é só clicar aqui. No portal, basta digitar o nome da marca no campo “Produto” para consultar a situação.
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