Para absorver os prejuízos do ano passado, a Minerva (BEEF3) aprovou, em assembleia geral extraordinária (AGE) nesta quinta-feira (28), uma redução do seu capital social na ordem de R$ 577,3 milhões.
Com a aprovação, o capital social da companhia passa de R$ 3,6 bilhões para R$ 3,1 bilhões, ainda divididos em 994.534.197 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal.
“Ressalta-se que a redução do capital é realizada sem cancelamento de ações, sem que haja restituição de qualquer valor aos acionistas, produzindo efeitos imediatos e não sendo necessário aguardar o prazo para oposição de credores previsto”, afirma a companhia em fato relevante.
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Em 2024, a Minerva registrou um prejuízo de R$ 1,56 bilhão. Apesar do avanço do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a empresa viu seu prejuízo financeiro mais do que dobrar na base anual, para R$ 3,93 bilhões.
O conselho de administração da empresa já havia, no começo de agosto, aprovado a redução de capital.
Muda algo para o investidor da Minerva?
Na prática, nada muda para quem já é acionista.
A quantidade de ações não se altera, e a redução de capital não representa um reembolso ou dividendo. O objetivo da operação é contábil: a empresa utiliza parte do capital registrado para zerar prejuízos anteriores.
No entanto, como a redução é justificada por prejuízos acumulados, a companhia não precisa abrir prazo de 60 dias para oposição de credores — a operação terá efeito imediato.
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