Corra, Lola, Corra é um filme, mas poderia ser o recado do Bank of America (BofA) para os investidores sobre ter ações do Magazine Luiza (MGLU3) e da Casas Bahia (BHIA3) neste momento. Com base nos resultados financeiros das duas varejistas no segundo trimestre, o banco americano não só reiterou a recomendação de venda dos papéis de ambas as companhias como cortou o preço-alvo.
No caso do Magalu, a perspectiva de demanda mais lenta e a perda de alavancagem operacional pesaram na nova avaliação do BofA, que cortou o preço-alvo de R$ 6,20 para R$ 5,50. Vale lembrar que o preço-alvo de MGLU3 continua sendo baseado em 10 vezes o EPS (lucro por ação) estimado para 2026, seguindo a linha de varejistas omnicanais em posições similares.
Para Casas Bahia, os analistas do banco estão de olho nas despesas financeiras mais altas e, por isso, a baixa foi de R$ 3 para R$ 2,50 — o preço-alvo continua a ser baseado em 0,12 vez o GMV (volume bruto de mercadorias) estimado para 2026, em linha com outros operadores altamente alavancados e dependentes de crédito.
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Magazine Luiza
O BofA aponta que os riscos para uma queda do preço-alvo envolvem a confiança mais fraca do investidor, a erosão na demanda e os empréstimos não pagos mais altos em operações de crédito.
Somado a isso, há ainda risco de juros ou custos de financiamento elevados, concorrência, falhas de execução, consolidação da indústria atrasada, além mudanças fiscais ou regulatórias adversas.
“Os riscos de alta para o nosso preço-alvo são melhora na confiança do investidor, demanda mais forte, empréstimos não pagos mais baixos em operações de crédito, juros ou custos de financiamento mais baixos, dinâmicas competitivas favoráveis, execução mais forte, aquisições que agregam valor e mudanças fiscais ou regulatórias favoráveis”, diz o banco.
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Casas Bahia
Os analistas do BofA dizem que juros mais altos e o endividamento excessivo do consumidor assolam o varejo cíclico, e os participantes do mercado questionam a capacidade da Casas Bahia de competir de forma lucrativa em um cenário mais amplo de e-commerce.
Entre os riscos de queda para o preço-alvo estão fechamento de lojas ou outras restrições operacionais, confiança mais fraca do investidor, demanda mais baixa e empréstimos não pagos elevados em operações de crédito.
Assim como no caso do Magalu, há ainda juros ou custos de financiamento mais altos, concorrência, falhas de execução, consolidação da indústria atrasada, mudanças fiscais ou regulatórias adversas e governança.
“Os riscos de alta para o nosso preço-alvo são a confiança e a demanda mais fortes, empréstimos não pagos mais baixos em operações de crédito, juros ou custos de financiamento menores, concorrência benigna, melhor execução, consolidação da indústria favorável e mudanças fiscais ou regulatórias favoráveis”, diz o banco.
*Com informações do Money Times
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