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Bitcoin (BTC) patina abaixo dos US$ 120 mil e mercado olha para altcoins como alternativa

Já se passaram 10 dias desde que o bitcoin (BTC) alcançou a nova máxima histórica. De lá para cá, a maior criptomoeda do mundo enfrenta dificuldades para se manter acima dos US$ 120 mil. 

Mas enquanto o bitcoin põe o pé no freio, as altcoins — criptomoedas alternativas ao BTC — têm se destacado com ganhos acima de 10% no acumulado dos últimos sete dias, recebendo os holofotes dos investidores.

Segundo uma publicação da Glassnode, a maioria dos setores do mercado cripto analisados superaram o desempenho do bitcoin na última semana, com o movimento sendo liderado pelo ethereum (ETH).

A segunda maior criptomoeda do mundo acumula alta de 7,47% nos últimos sete dias, mas já chegou a disparar mais de 20% no mesmo período. Tokens como solana (SOL) e XRP (XRP) também registraram valorizações de dois dígitos.

O resultado foi um incremento de mais de US$ 216 bilhões na capitalização de mercado das altcoins em apenas duas semanas. 

“As condições da temporada de altcoins surgiram em 9 de julho e permanecem em vigor, indicando uma redistribuição contínua de capital no ecossistema cripto”, escreveram os analistas.

De modo geral, desde as altas da “Crypto Week”, nos Estados Unidos, o mercado tem desacelerado, mas muitas criptomoedas continuam registrando ganhos hoje. 

Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo nesta quinta-feira (24), por volta das 18h45:

#Nome (Símbolo)Preço (USD)24h7dYTDMarket Cap (USD)
1Bitcoin (BTC)US$ 118.614,260,57%-1,57%27,00%US$ 2,36 tri
2Ethereum (ETH)US$ 3.721,774,09%7,47%11,72%US$ 449,26 bi
3XRP (XRP)US$ 3,192,83%-7,18%53,46%US$ 188,91 bi
4Tether (USDT)US$ 1,00-0,02%-0,01%0,26%US$ 162,61 bi
5BNB (BNB)US$ 776,911,98%7,69%10,83%US$ 108,22 bi
6Solana (SOL)US$ 186,74-0,24%6,69%-3,15%US$ 100,51 bi
7USDC (USDC)US$ 1,000,01%0,01%0,00%US$ 65,12 bi
8Dogecoin (DOGE)US$ 0,24-0,30%10,25%-25,11%US$ 35,52 bi
9TRON (TRX)US$ 0,312,59%-0,38%23,18%US$ 29,79 bi
10Cardano (ADA)US$ 0,811,98%0,65%-3,46%US$ 28,84 bi
Fonte: CoinMarketCap

Altseason no radar?

No jargão do mercado, altseason (temporada de altcoins, em português) é o nome dado ao período em que moedas alternativas ao bitcoin superam seu desempenho. 

Essas altcoins costumam ser projetos menores, mais voláteis e arriscados do que o próprio BTC, mas também oferecem a possibilidade de retornos exponenciais, o que atrai investidores com apetite elevado por risco.

E enquanto alguns sinais sugerem uma mudança nos eixos do mercado de criptomoedas, outros nem tanto. Mesmo com a pressão sobre o bitcoin, sua dominância segue alta, acima de 64%. Isso significa que qualquer fraqueza de preços sustentada no desempenho do BTC pode criar obstáculos cada vez maiores para o mercado de altcoins.

E, por ora, o “medidor” de sentimento do CoinMarketCap ainda aponta para uma bitcoin season, com o BTC no controle da narrativa.

Mesmo assim, analistas observam que, nos últimos meses, a correlação entre o bitcoin e outros setores de altcoins diminuiu consideravelmente, sinalizando uma divergência no comportamento dos preços.

Outro ponto de atenção é o aumento na especulação com derivativos de criptomoedas alternativas.

Os open interests — contratos futuros e opções de compra e venda — combinados de altcoins como ethereum, solana, XRP e dogecoin saltaram de US$ 26 bilhões para US$ 44 bilhões ao longo de julho.

Segundo o Glassnode, esse crescimento acentuado na alavancagem de futuros reflete uma aceleração da atividade especulativa, com traders buscando posições cada vez mais ousadas.

O Brasil no mercado de criptomoedas

No Brasil, o mercado de criptomoedas teve novidades importantes nesta semana. De um lado, o XRP chegou ao agronegócio. De outro, uma nova Medida Provisória que altera regras sobre a tributação de criptoativos no país já tem data para sua primeira audiência pública.

Começando pelo agronegócio, a VERT, empresa brasileira de securitização, lançou uma plataforma de crédito privado baseada em blockchain no XRP Ledger. A estreia foi com uma emissão de R$ 700 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

“O agronegócio desempenha um papel essencial na economia do Brasil, e aprimorar como o crédito é estruturado e monitorado nesse setor é um avanço significativo”, disse Silvio Pegado, diretor-geral da Ripple para a América Latina, em nota.

A solução busca mais transparência e automação para investidores, integrando a infraestrutura financeira tradicional do Brasil à tecnologia blockchain. O sistema também prevê redundância off-chain, garantindo conformidade regulatória.

O projeto promete rastreabilidade completa do ciclo de vida dos ativos, armazenamento de metadados regulatórios e atualizações instantâneas para os participantes do mercado.

Enquanto isso, a Medida Provisória nº 1.303, ganhou a data para sua primeira audiência pública: o dia 6 de agosto, a partir das 14h30 (horário de Brasília).

A MP substituiu a alíquota progressiva — que variava de 15% a 22,5% — por uma taxa única de 17,5% sobre ganhos de capital, elimina a isenção de vendas com ganhos de capital de até R$ 35 mil por mês para ativos virtuais e unifica a tributação de operações feitas dentro e fora do país.

Outro ponto importante é a atribuição de responsabilidade às exchanges brasileiras para retenção de imposto de renda retido na fonte (IRRF, de 17,5%) sobre rendimentos obtidos via com staking, lending ou outros produtos que geram renda passiva (yield).

O texto ainda determina que a apuração do imposto será trimestral, com pagamento via Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais), e prevê a possibilidade de compensação de prejuízos a partir de 2026, válida por até cinco anos.

*Com informações do Money Times e da Coindesk

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Francisco Gomes

Blog sobre finanças pessoais, investimentos, renda extra, ações, Tesouro Direto e FIIs. Escritor e investidor com foco em expansão internacional

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